(Terra/Adital) Duas jornalistas mexicanas da revista semanal Contralínea, especializada em jornalismo investigativo, foram assassinadas brutalmente na cidade do México. Os corpos de Ana María Marcela Yarce – fundadora e repórter da revista – e de Rocío González – freelancer – foram encontrados em um parque no subúrbio da capital.
O assassinato das jornalistas será investigado como um caso de feminicídio, segundo a Procuradoria Geral de Justiça do Distrito Federal, México. De acordo com o Código Penal da Cidade do México, o feminicídio se caracteriza quando a vítima apresenta sinais de violência sexual, lesões infamantes, degradantes ou mutilações, prévias ou posteriores à privação da vida.
Repercussão
Organizações civis e organismos internacionais se pronunciaram pedindo que não se descartem os atos contra a liberdade de expressão, pois desde 2008 a revista Contralínea enfrenta processos jurídicos e teve negada publicidade oficial.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos informou que iniciaria uma queixa de ofício pelo assassinato das jornalistas. A Anistia Internacional emitiu um pronunciamento público pedindo que as autoridades responsáveis considerem o fato de as mulheres assassinadas serem jornalistas e que a investigação estabeleça se o gênero das jornalistas foi um fator na motivação do crime.
Leia na íntegra:
Pedem que em crime de jornalistas não seja descartada possibilidade de censura (Adital – 05/09/2011)
Duas jornalistas são assassinadas na Cidade do México (Terra – 01/09/2011)