Esta é a segunda reportagem da série especial produzida pela rádio 96 FM de Palmas, sobre a violência doméstica contra a mulher.
(Radioagência Nacional, 28/10/2017 – acesse no site de origem)
Os números são assustadores. Em todo o país, a cada uma hora, 503 brasileiras sofrem algum tipo de agressão. No Tocantins, nos primeiros cinco meses de 2017, a Secretaria de Segurança Pública registrou mais de 1,4 mil casos de violência contra a mulher, com 17 homicídios de janeiro a maio. Mas qual o perfil dessas mulheres que sofrem agressões?
Quem explica é a delegada Maria Aidé Alves, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Palmas. Ela falta das características dessa mulher: são mulheres fragilizadas emocionalmente, se sentem constrangidas em expor à família que estão sendo vítimas dos próprios parceiros, dentro do ambiente familiar. Segundo ela, essas mulheres trazem um sentimento de culpa quando pensam que podem levar o marido para a prisão.
A delegada explica que, em uma escala crescente, a violência doméstica se configura primeiramente em ameaças, depois em agressões de natureza leve até o ponto final, que é o feminicídio.
Em Palmas, o projeto SOS Mulheres, desenvolvido pelo Ministério Público Estadual, tem promovido atendimento especializado das vítimas de violência doméstica, além do cumprimento da Lei Maria da Penha. Com a implantação, mais de 48 mulheres de Palmas já receberam acolhimento, escuta e encaminhamento.
Isabel Cristina