Próximo ‘TV Mulher’ falará sobre assédio e violência

27 de junho, 2016

(Época, 27/06/2016) Juliano Cazarré é um dos convidados de Marília Gabriela: “Não fui vítima porque sou homem, branco, em um país que é machista e racista”

Violência será o tema da edição do TV Mulher que o Viva exibe nesta terça-feira (28), às 22h30. Marília Gabriela abre a atração descrevendo um drama enfrentado por muitas mulheres brasileiras: “O programa de hoje vai mostrar o lado mais sombrio da vida em família. O gesto que não faz parte de álbuns de fotografia, mas paira na vida de milhares de mulheres. A violência doméstica é uma vergonha para toda a sociedade”.

Além dos colunistas Fernanda Young, Flávia Oliveira, Gabi Manssur, Ivan Martins e Regina Navarro Lins, a edição conta com a participação dos atores Juliano Cazarré e Helena Ranaldi. A atriz relembrará a marcante personagem que interpretou na novela Mulheres apaixonadas, em 2003.

Ela era uma professora de educação física agredida pelo marido, personagem de Dan Stulbach. “Graças a Deus, nunca passei por isso na vida real. Esse universo da Raquel é muito distante do meu. Eu sofria muito com essas cenas de violência e acho que por isso teve uma repercussão muito boa”, diz Helena.

Já Juliano Cazarré falará da aparência de “macho absoluto”, que, segundo Gabi, ele transmite em seus personagens nas novelas. “Hoje em dia, tenho essa preocupação de evitar certos papéis. Então, tento tomar cuidado porque também não quero só fazer esse tipo de personagem. Não me vejo como um ator limitado a fazer um tipo de coisa só. Tenho um olho atento a isso para não ficar caindo sempre nessa gaveta de fazer o homem violento e bruto. Por dentro, não sou esse homem”, afirma ele, que nunca foi vítima de nenhum tipo de violência.

“Acho que não posso dizer que fui vítima de violência, ainda mais em um país tão violento quanto o Brasil. Não sofri violência sexual. Não me sinto à vontade para dizer que fui vítima de preconceito porque sou homem, branco, em um país que é machista e racista. Então, as mulheres, os homossexuais, os negros e os índios sofreram muito mais do que eu”, argumenta o ator.

Bruno Astuto

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