Estudo da Apamagis indica que na percepção de 66% das mulheres em SP, a casa é o lugar mais perigoso
(Brasil de Fato | 23/09/2021 | Por Gabriela Moncau)
A infecção pelo coronavírus ou a dificuldade de conseguir um trabalho em um momento em que o desemprego atinge 14,4 milhões de pessoas no Brasil poderiam figurar entre as maiores preocupações das mulheres no estado de São Paulo.
No entanto, no topo dessa lista está a inquietação com a violência praticada contra as mulheres que está bastante conectada com a crise sanitária e econômica.
É o que mostra a pesquisa sobre violência contra a mulher realizada pelo JUSBarômetro, da Associação Paulista dos Magistrados (Apamagis), divulgada nesse mês de setembro. A partir de 1000 entrevistas com uma amostra representativa da população adulta de mulheres do estado de São Paulo, o estudo tem um nível de confiança de 95,5%.
De acordo com a pesquisa, 88% das mulheres em São Paulo percebem que o problema está aumentando e 69% tem a violência dentro de casa como sua principal preocupação.
A casa, aliás, é destacada por 66% delas como o local privilegiado das agressões e 63% apontam o ex ou atual companheiro como autor das violências.