Brasileiros são destaque em evento da ONU sobre afrodescendentes

26 de setembro, 2016

Filósofa paulista Djamila Ribeiro fala sobre promoção da igualdade racial e importância da população negra em vários âmbitos da sociedade; mestre de capoeira Plínio traz os sons africanos para a sede das Nações Unidas.

(Rádio ONU, 26/09/2016 – acesse no site de origem)

Foi realizado na sede da ONU, esta segunda-feira, um evento de alto nível sobre inclusão e contribuição dos afrodescendentes para a sociedade. O debate é uma das atividades da Década Internacional de Afrodescendentes, que segue até 2024.

A filósofa brasileira Djamila Ribeiro foi convidada a participar do encontro. Atuando como secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos da cidade de São Paulo, ela destacou à Rádio ONU a importância de políticas públicas em prol dos afrodescendentes.

Cultura

“Vou falar muito sobre as iniciativas que temos tido na gestão de São Paulo em relação à promoção da igualdade racial, como atendimento psicossocial às mães que perderam seus filhos vítimas de violência policial; o quanto que para a Secretaria de Direitos Humanos a centralidade do debate racial é importantíssimo, e pautar políticas neste sentido é importante. Eu acho importantíssimo a gente trazer à tona as nossas manifestações culturais, que durante muito tempo foram perseguidas ou não foram legitimadas. Mostrar a importância da população negra não só na cultura, mas em vários outros âmbitos da sociedade.”

Além de Djamila Ribeiro, o evento de alto nível contou com a presença de outros brasileiros, que fazem parte de um grupo de capoeira. No salão do Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, pode-se ouvir os sons da cultura africana.

Reconhecimento

Quem participou da apresentação do grupo foi o mestre de capoeira Plínio. Ele fala sobre a importância do mundo reconhecer essa manifestação cultural.

“Países que estão recebendo a capoeira como uma ferramenta de transformação do ser humano. Sobretudo porque é uma cultura que vem do povo africano, que tanto alimentou o nosso país e hoje a gente estar aqui é motivo de grande orgulho. O povo africano no nosso país foi muito discriminado com essas coisas e essa arte de capoeira, que engloba tantas outras artes e tem transformado tantas pessoas, faz com que reforce essa proposta de estar valorizando a cultura africana no mundo.”

Além da mesa redonda e da apresentação de capoeira, foi lançado no evento o “ONU-Song”, um grupo de trabalho formado por funcionários da organização, com o objetivo de promover o acesso igualitário de todas as pessoas dentro das Nações Unidas, independentemente de raça, nacionalidade ou etnia.

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