#MeuProfessorRacista: Os relatos chocantes de racismo, preconceito e injúria racial em escolas e universidades

04 de abril, 2017

Uma campanha da Ocupação Preta – coletivo de alunos e alunas negras da USP – deu luz, nas redes sociais, às situações vexatórias e humilhantes a que todo estudante negro sofre em ao menos algum momento da vida escolar ou universitária. Relatos vão desde apelidos, passando por exclusão a discursos meritocráticos e elitistas. 

(Fórum, 04/04/2017 – acesse no site de origem)

Começou a viralizar nas redes sociais, na noite desta segunda-feira (3), a hashtag #MeuProfessorRacista, em que negros e negras relatam situações de racismo, preconceito e injúria racial que sofreram em ao menos algum momento de suas vidas na escola ou na universidade.

Leia mais: Perfil racial dos docentes da USP analisa baixo índice de professores negros (Paineira USP, 23/03/2017)

A campanha surgiu a partir de uma iniciativa da Ocupação Preta – coletivo de alunos e alunas negras da Universidade de São Paulo (USP) -, que divulgou o caso de uma professora que tratou com chacota uma discussão sobre a questão racial na obra de Monteiro Lobato e o racismo em marchinhas de carnaval.

“Sabendo que se perpetua nas universidades uma diretriz e um embasamento teórico pertencente à branquitude, levantamos a necessidade de que a professora conheça, discuta ou ao menos escute o que os alunos têm a dizer, abandonando seu posto de superioridade”, escreveu o coletivo, contando ainda que, após a discussão, foram expulsos da sala de aula.

Foi lançada, então, a hashtag #MeuProfessorRacista e milhares de depoimentos, muitos deles, chocantes, começaram a surgir e explicitar o quão grave é o problema do racismo no ambiente escolar e universitário. Os relatos vão desde apelidos, como “sabonete de mecânico”, macaco, macaca, entre outros, passando por exclusão de grupos de trabalhos, situações vexatórias como mandar colher comida do chão para “aprender a não desperdiçar”, até discursos meritocráticos e anti-cotas, como se os negros beneficiados por programas de cotas não merecessem ocupar aquela vaga.

Confira abaixo alguns dos depoimentos.

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