(Revista Galileu, 29/02/2016) A viagem para uma das maiores cidades do Brasil estava carregada de possibilidades para o futuro acadêmico da gaúcha Rosana Pinheiro-Machado. Aos 22 anos, ela tinha acabado de concluir a graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e estava interessada em fazer mestrado em Antropologia Social fora do estado onde havia nascido e crescido.
Meses antes, durante um congresso, Rosana conhecera um professor considerado referência na área na qual ela pretendia ingressar. Na ocasião, a jovem pediu conselhos sobre o mestrado e o professor sugeriu que ela visitasse a universidade em que lecionava. Rosana havia chegado à cidade, onde ficaria por uma semana, e o professor já começou a ligar para ela — várias vezes e de forma ansiosa. Ele insistiu que realizassem uma reunião na casa dele durante um jantar. A universitária sentiu-se desconfortável e optou por não ir. “Quem você pensa que é?”, gritou o professor em uma ligação. “Nós estávamos em lua de mel e você estragou tudo. Seu futuro acadêmico está fodido!”.
Acesse a íntegra no Portal Compromisso e Atitude: Rompendo o silêncio: vítimas de violência nas universidades brasileiras contam suas experiências (Revista Galileu, 29/02/2016)