Os casos de violência contra à mulher seguem em alta no DF. Romper o silêncio ainda é uma das principais ferramentas de proteção às mulheres. Há homens que não respeitam a Justiça e para eles existe o rigor da Lei Maria da Penha
Um caso de violência contra a mulher chamou atenção no início desta semana. Um marido foi preso por ameaçar a esposa de morte, porte ilegal de arma de fogo e descumprimento de ordem judicial na região do Sol Nascente. O homem tinha sido preso pelos mesmos motivos três dias antes. Na ocasião, após ser liberado pela Justiça, o agressor retornou para casa, no Sol Nascente, e continuou fazendo ameaças contra a companheira, que decidiu fugir e se abrigar na casa da mãe e chamar a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Ao ser preso novamente, o homem foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Ele responderá pelos crimes de ameaça, resistência e descumprimento de ordem judicial. Em 16 de junho, O oficial de Justiça Marcelo Soares Correa, 46 anos, foi preso em flagrante após invadir um condomínio em São Sebastião, tentar atropelar um vigia e atirar contra um policial à paisana. Ele tentava entrar na casa da ex-mulher, de quem se separou há cincos anos. Ela tinha uma medida protetiva contra ele.
Infelizmente, os dois casos relatados estão muito longe de serem isolados. Segundo levantamento feito pela Polícia Civil (PCDF), entre 1º de janeiro de 2022 e 7 de março deste ano, o DF registrou, em média, 50 casos de violência doméstica (Lei Maria da Penha) por dia. Em 79% das ocorrências, foram solicitadas medidas protetivas de urgência. As cidades com mais registros de violência contra a mulher foram Ceilândia (12,8%), Planaltina (8,5%) e Samambaia (8%).