Disparidade é atribuída à diferença na qualidade das estruturas e na assistência ofertada
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que mulheres indígenas morrem com mais frequência durante a gravidez e o período pós-parto no Brasil.
O trabalho publicado na revista científica International Journal of Gynecology & Obstetrics analisou 13.023 casos de morte materna ocorridos de 2015 a 2021 e registrados no DataSUS, do Ministério da Saúde.
Os pesquisadores apontaram que a cada 100 mil casos, 115 morrem quando se trata de mulheres indígenas e 67 em ocorrências de mulheres não-indígenas, quase metade do primeiro grupo analisado.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ambos os números estão longe de alcançar a meta de 30 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos até 2030.