Processos contra deputadas correm mais rápido no Conselho de Ética; em contrapartida, chefiam uma a cada sete comissões
Ainda que tenha aumentado de tamanho, na comparação com o mandato anterior, a bancada feminina segue enfrentando na Câmara dos Deputados percalços não vivenciados pelos homens. Processos que correm em ritmo mais acelerado no Conselho de Ética, presença ínfima nos cargos de liderança e na Mesa Diretora e distância da relatoria dos projetos mais relevantes compõem o retrato da largada desta legislatura.
No colegiado que analisa punições a parlamentares, as ações contra as deputadas andam praticamente no dobro da velocidade daquelas que têm homens como alvos. Das 11 representações que já tiveram ao menos escolha de relator, sete buscam sanções a mulheres. Em média, desde a apresentação da acusação, passaram-se 46 dias até que fosse escolhido um parlamentar para analisar o caso ou que o parecer fosse apresentado.
No caso dos homens, acusados em quatro processos, o caminho é mais lento: 86 dias, em média. A ação que mira o deputado José Medeiros (PL-MT), que, segundo o PT, intimidou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e empurrou o deputado Miguel Angelo (PT-MG), é ilustrativa. A representação foi formalizada em 15 de março, e o relator só foi escolhido mais de três meses depois. Até hoje, 138 dias após o início do trâmite, ainda não há parecer apresentado. À época, Medeiros negou a agressão.
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