Saul Klein: por que Justiça ignora relatos de vítimas sobre abusos sexuais

03 de maio, 2021

(Universa | 02/05/2021 | Camila Brandalise e Pedro Lopes)

Assim que o inquérito contra Saul Klein, 67, foi instaurado, em novembro de 2020, com denúncias de estupro, o Ministério Público de São Paulo pediu medidas cautelares que incluíam retenção de seu passaporte e proibição de contato com as primeiras 14 mulheres que relataram ter sido vítimas de abusos sexuais. Na sequência, outras 18 jovens juntaram suas denúncias ao processo e solicitaram a mesma proteção. Mas, em fevereiro, a Justiça negou a solicitação e retirou as medidas de afastamento que já haviam sido concedidas.

Filho mais novo do fundador das Casa Bahia e com uma fortuna declarada de R$ 61,6 milhões, Klein está sendo investigado pela polícia por aliciamento, exploração sexual e lesão corporal, entre outros crimes. Procurado por Universa, o empresário, por meio de sua defesa, nega todas acusações (leia mais ao final da reportagem).

A decisão do juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Cível de Barueri (SP), ao revogar as medidas cautelares, acatou o argumento da defesa de Klein de que a relação que existia entre ele e as vítimas era “sugar daddy”. O termo é usado para se referir a homens mais velhos que têm o fetiche de sustentar financeiramente mulheres mais jovens, chamadas então de “sugar babies”, em troca afeto e/ou sexo. Em sua decisão, o magistrado diz: “Sendo [as vítimas] ‘babies’, ganha força a ideia de autonomia e, por conseguinte, perde força a de constrangimento”.

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