Luana de Souza: ‘Vivi outro tipo de drama, que foi uma relação de aceitação e transformação’
(Universa | 01/12/2021 / Por Roseane Santos)
Quando Maria Zilma recebeu o diagnóstico positivo do exame de HIV, há 23 anos, precisou enfrentar o preconceito e praticamente reinventar a própria vida para lutar contra a discriminação. Hoje, aos 63, a técnica de enfermagem cearense dirige uma associação que dá apoio a pessoas com o vírus.
Assim como ela, outras mulheres que convivem com o HIV compartilham suas histórias com a reportagem de Universa neste 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids. Elas mostram que a empatia e a busca por informação continuam sendo ferramentas poderosas pela saúde e no combate à intolerância.
‘Falavam que eu era rapariga’
Maria Zilma Ferreira dos Santos, 63 anos, técnica de enfermagem, de Juazeiro do Norte (CE)
“Em 1998, eu trabalhava como técnica de enfermagem e pedi para fazer um teste de HIV. Sempre fazia todos os anos, porque me contaminava muito com os objetos cortantes na UTI. Nunca fui muito organizada. Nunca me esqueço que abri o envelope com o resultado positivo no meio da rua. Estranhei, porque sempre dava negativo. Fiquei tonta, um pouco desesperada, mas com esperança de que estivesse errado. Pensava que Aids só pegava quem fosse gay.