(UOL Tab | 11/04/2022 | Por Bernardo Machado)
Em junho de 2021, passou a vigorar a lei 14.164, que institui a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher. Parte dos temas levantados — como as formas de violência física, psicológica e patrimonial — recebeu desconfiança, atenção limitada e reflexão rasa, conforme comentários esparsos nas redes sociais. Meninos estudantes usaram esses canais para sinalizar descontentamento com o assunto, oscilando entre a afronta, o deboche e até o temor.
Deve-se considerar que muitas vezes essas postagens são feitas como forma de solidariedade entre pares, mas não deixam de ser indícios para atenção.
A nova legislação se insere num conjunto de políticas para sensibilizar a sociedade sobre violência de gênero. Em países da América do Norte como Estados Unidos e Canadá, programas de atenção a homens autores de violência contra mulheres surgiram no início no início da década de 1980, conforme artigo do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. No Brasil, as iniciativas começaram nos anos 1990, como aquelas realizadas pelo Instituto NOOS (RJ), o Instituto Albam (MG) e o Pró-Mulher, Família e Cidadania (SP). Grosso modo, esses grupos procuram discutir como homens e suas masculinidades devem se tornar alvo de políticas públicas para coibir formas de violência.