(Jornal Nacional | 13/06/2022 | Por Redação)
A crise econômica dos últimos dois anos deixou mulheres ainda mais vulneráveis ao desemprego, à fome e à violência doméstica. É 2022 e o mundo não é um lugar seguro para uma mulher entrevistada pelo JN. O agressor solto, e ela, presa pela síndrome do pânico – uma marca da violência, pelos cuidados da casa e do filho, pela perda da autonomia financeira. É 2022, mas as mulheres andaram 20 anos para trás nas contas da Organização das Nações Unidas e, no Brasil, os dados apontam na mesma direção.
Com a crise que veio com a pandemia, as mulheres foram as primeiras a ser demitidas, o que levou à perda de uma série de direitos fundamentais, como a segurança alimentar, que é a garantia de acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes para a sobrevivência. Os economistas já estudam o fenômeno que chamam de “feminização da fome”: para quase metade da população feminina, falta dinheiro para comprar comida. Entre os homens, a proporção é menor, de 26%.