Cientista política relaciona criminalização do aborto e a violência contra as mulheres à crise democrática e o avanço da extrema direita no mundo
(Luara Calvi Anic/Gama Revista) Não é de hoje que movimentos contra a descriminalização do aborto se articulam mundo afora. Desde os anos 1990, quando aconteceram eventos como a Conferência Mundial da Mulher, que trouxeram a pauta dos direitos reprodutivos, grupos conservadores vêm se estruturando e articulando discursos para que a prática se mantenha criminalizada. Mas foi nos últimos anos que uma oportunidade importante surgiu para essa parcela da população: a de adentrar de maneira mais significativa na política.
É o que defende a cientista política e professora da Universidade de Brasília, Flávia Biroli. Ela associa a ascensão da extrema direita no Brasil e no mundo a uma representatividade maior de grupos antiaborto no debate público e na política. “Essa estrutura de oportunidades permitiu contestar um direito fundamental das mulheres em um contexto que a gente pode ver como de enfraquecimento da própria democracia”, diz a Gama.
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