Levantamento mostra que 2022 teve, entre janeiro e junho, o menor número de nascimentos dos últimos quatro anos e, mesmo com a queda da natalidade, aumenta a legião de mães solo
(Pâmela Dias/O Globo) O mesmo Brasil que discute o direito ao aborto garantido por lei a meninas estupradas, tema que ganhou repercussão com a recente história da gravidez de uma criança de 11 anos no Sul, registra o maior número de bebês sem o nome do pai na certidão desde o primeiro semestre de 2018. Os dados, levantados pelos Cartórios de Registro Civil do Brasil (Arpen) a pedido do GLOBO, mostram que, no primeiro semestre deste ano, nasceram 1.313.088 bebês e, destes, 86.610 não têm o nome do pai no documento. No mesmo período de 2018, foram 1.452.161 recém-nascidos, dos quais 78.798 ficaram sem o nome do pai. O total de registros monoparentais cresceu 1,2% em cinco anos, sobretudo pela negligência dos homens.