Autoexilada, antropóloga integra grupo de pesquisa agraciado com um dos maiores do prêmios do mundo
(Mônica Bergamo/Folha de S. Paulo) A antropóloga Debora Diniz retornará ao Brasil após um autoexílio iniciado há quatro anos. Seu regresso será motivado por uma pesquisa que investigará a vida de mulheres e crianças afetadas pelo vírus zika —e que acaba de receber um aporte de cerca de R$ 40 milhões.
Nesta semana, um consórcio de pesquisadoras do qual Diniz faz parte foi agraciado com o Discovery Awards (prêmios-descoberta, em tradução livre), oferecido pela organização beneficente Wellcome Trust. O financiamento é considerado um dos maiores do mundo para a área da saúde e da biomedicina.
A pesquisa, que será realizada simultaneamente em territórios como Brasil, Reino Unido, Serra Leoa e Hong Kong, analisará o que ocorre com uma população depois que é declarado o fim de uma emergência global, como foi com o ebola.
No caso brasileiro, serão acompanhadas pessoas que convivem com sequelas do vírus zika e famílias cuidadoras de crianças que se contaminaram.