Neste ano, as mulheres representarão 53% do eleitorado brasileiro, totalizando 82 milhões de eleitoras aproximadamente — 8,5 milhões a mais que os homens. Além de serem a maioria do eleitorado brasileiro, as mulheres também são as mais impactadas pela precariedade dos serviços públicos. Pensando nisso, o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) e a Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH) lançaram neste mês a campanha “Meu voto vale muito” com o objetivo de incentivar o voto feminino em candidaturas progressistas, sobretudo de mulheres, nas eleições de 2022. A ação conta com o apoio de outras 19 organizações, como o Instituto Patrícia Galvão, a Articulação de Mulheres Brasileiras, Geledés – Instituto da Mulher Negra, SOS CORPO – Instituto Feminista para a Democracia , Instituto de Mulheres da Amazônia e Liga Brasileira de Lésbicas.
Em entrevista à Revista Afirmativa, a cientista política Priscilla Brito explica que o objetivo da campanha é ser um canal para falar do voto e da importância da representatividade com foco nos direitos e não somente nas candidaturas. “É muito importante que mais mulheres sejam eleitas, mas mais ainda que as eleitas estejam comprometidas com a democracia e com os direitos de todas nós”, ressalta Brito, que integra o grupo de trabalho que concebeu a campanha.
Pautada pela diversidade, a campanha #MeuVotoValeMuito também incentiva o voto em candidatas negras, indígenas, LGBTQIA+ e com deficiência. Esperança, personagem que simboliza a campanha, traz a diversidade presente na sociedade: “cada versão minha vai trazer para o debate as questões sociais que precisam ser discutidas para a construção de um país melhor para todas”, destaca a campanha.
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