De acordo com o Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), as profissionais da área são desqualificadas por serem mulheres e já sofreram algum tipo de violência virtual relacionada ao trabalho
(Redação/Marie Claire) Desde 2021, o número de ataques contra jornalistas mulheres aumentou significativamente. Um estudo feito pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) mostra que as mulheres foram alvos de 61 violações à liberdade de imprensa, ou 17% do total de ataques. No meio digital, o número sobe para 56,76%. Já nos últimos meses das eleições, a violência contra as profissionais chegou a mais de 200%.
Mas o problema não tem se mostrado apenas no Brasil. Nabeelah Shabbir, pesquisadora do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ), revelou durante a Semana de Alto Nível da ONU que 49% das jornalistas já enfrentaram ataques de gênero, sendo desqualificadas por serem mulheres com ofensas e xingamentos. As informações são do Universa.
Ainda de acordo com a pesquisa, em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), e apresentada por Nabeelah, 73% das mulheres jornalistas foram vítimas de violência online relacionadas ao seu trabalho.
Nabeelah Shabbir também destaca que o número cresce ainda mais entre as minorias: 64% das repórteres agredidas são brancas, contra 81% entre negras e a 88% entre profissionais lésbicas ou judias.