Diferenças no tratamento entre mulheres negras, pardas e brancas durante o pré-natal, parto, e o puerpério colocam mãe e filho em risco
O conceito pode ser novo, mas a prática é antiga. O racismo obstétrico é caracterizado pelas diferenças de tratamento que as mulheres negras passam durante os atendimentos do pré-natal, no parto, durante o puerpério ou assistência ao aborto. No momento de maior vulnerabilidade, elas acabam sofrendo com falas ou ações opressivas, discriminatórias ou violentas em referência à sua etnia. Como consequência, mãe e bebê acabam expostos a desfechos negativos.
No início de 2022, o caso de uma jovem de Aparecida de Goiânia, em Goiás, ganhou repercussão nacional. Ayah Akili, 25 anos, denunciou nas redes sociais ter sofrido violência e racismo obstétrico em uma maternidade da cidade, após perder a filha com 33 semanas de gestação.