O número de mortes de mulheres por questão de gênero tem preocupado autoridades e sociedade no Brasil. Em locais como o Distrito Federal, o total de mortes do começo deste ano até o mês de junho já superou o número de feminicídios de 2022. Especialistas ouvidas pela RFI afirmam que o discurso misógino, a falta de investimentos dos últimos anos, a política armamentista e um judiciário ainda tolerante com crimes dessa natureza dificultam a proteção das vítimas.
O número de mortes de mulheres por questão de gênero tem preocupado autoridades e sociedade no Brasil. Em locais como o Distrito Federal, o total de mortes do começo deste ano até o mês de junho já superou o número de feminicídios de 2022. Especialistas ouvidas pela RFI afirmam que o discurso misógino, a falta de investimentos dos últimos anos, a política armamentista e um judiciário ainda tolerante com crimes dessa natureza dificultam a proteção das vítimas.
Um bilhete enviado no caderno do filho garantiu a sobrevivência de uma mulher que era mantida refém sob tortura na grande Belo Horizonte. Em situação semelhante, uma mãe com medo de morrer mandou um bilhete para a diretora da escola do filho implorando ajuda. Os dois casos são deste ano e terminaram com as mulheres vivas e seus parceiros presos. Mas muitas outras histórias de ameaças e violência doméstica no país não têm o mesmo final.
De acordo com o consórcio Monitor da Violência*, uma mulher é morta a cada seis horas no Brasil, simplesmente pelo fato de ser mulher. Além disso, uma menina ou mulher é estuprada a cada nove minutos, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.