Autora da obra ‘Um Defeito de Cor’ defendeu a manutenção de cotas raciais e de gênero na política
O Roda Viva recebeu na última segunda-feira (17), a escritora Ana Maria Gonçalves, autora do premiado livro ‘Um Defeito de Cor’.
Durante a entrevista, a autora defende a manutenção de cotas raciais e de gênero na política e em outras instituições, além de criticar a não contemplação da mulher negra no início do movimento feminista.
“O papel (das mulheres negras), acho que nunca foi valorizado na sociedade brasileira. Como eu disse, por exemplo, quando a gente começou a falar de feminismo… o feminismo branco foi construído em cima da precarização do trabalho da mulher negra. Então, ou seja, ela sempre foi relegada à essa invisibilidade dentro do tecido social brasileiro, embora ela seja maioria. Ela é 28% da população brasileira hoje”, comenta.
Segundo ela, ainda hoje, mulheres negras são preteridas em processos como entrevistas de emprego mesmo apresentando currículos melhores em relação às concorrentes brancas.