Levantamento obtido pelo GLOBO faz raio-x do baixo número de magistradas em postos de poder na Justiça
A pressão de movimentos da sociedade civil para a escolha de uma mulher como substituta da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) tem como enredo uma histórica sub-representação feminina nos espaços de poder do Judiciário brasileiro. Levantamento feito pela plataforma Justa, obtido pelo GLOBO, revela o déficit de presença nos comandos de Tribunais de Justiça e direções estaduais da Ordem dos Advogados (OAB).
Dos 22 estados com informações disponíveis sobre os tribunais, em 14 ou nunca houve mulher no comando ou só aconteceu uma vez, o equivalente a 63%. Em seis, a chefia jamais ocorreu, enquanto em oito foi episódio isolado.
Em relação à OAB, os dados permitiram a análise de 20 estados, dos quais em 19 houve no máximo uma gestão feminina. Nove nunca elegeram uma mulher, e dez, só uma vez.