Movimento conta com 45 sindicatos e organizações, tem apoio da primeira-ministra e repete ato feito em 1975
A primeira-ministra da Islândia, Katrin Jakobsdottir, juntou-se a outras mulheres do país em uma greve para chamar a atenção para as desigualdades remanescentes na sociedade, mesmo que o país ocupe a posição mais alta no mundo em relação à igualdade de gênero.
O protesto consiste em fazer com que as mulheres parem de trabalhar por um dia inteiro e tem como objetivo destacar as dificuldades como a diferença salarial entre os gêneros, a carga desigual de trabalho doméstico não remunerado e a violência que ainda afeta desproporcionalmente as mulheres.
O dia relembra um movimento semelhante ocorrido em 1975, quando 90% da força de trabalho feminina da Islândia abandonou seus empregos e entregou os filhos aos pais em uma demonstração reveladora da importância de seu trabalho, fosse ele remunerado ou não.
As manifestações desta terça-feira (24), organizadas por 45 sindicatos e organizações, devem levar uma grande parte das trabalhadoras a tirar o dia de folga. Até mesmo a primeira-ministra do país planeja participar.
A Islândia é o país mais igualitário do mundo na questão de gênero com base em oportunidades econômicas, níveis de educação, resultados de cuidados de saúde e liderança política, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, um título que mantém há 14 anos.