Um grupo de magistradas que atuam no Estado de São Paulo criou no Dia da Justiça, na última sexta-feira (8), o primeiro coletivo de mulheres juízas que se define como feminista e antirracista.
O Coletivo Sankofa segue a proposta de ato normativo de relatoria da desembargadora Salise Sanchotene, conselheira do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), aprovado por unanimidade em setembro último.
Na simbologia africana, Sankofa expressa o retorno no caminho para resgatar o que ficou para trás, para caminhar para o futuro honrando e reparando o passado.
A resolução aprovada em setembro garante às juízas de 1º grau o acesso aos tribunais de 2º grau pelo critério de merecimento, com as políticas de cotas raciais instituídas pelo CNJ.
Em três meses, o coletivo acolheu, por adesão espontânea, mais de uma centena de juízas de direito, juízas federais e juízas do trabalho de primeiro e de segundo graus.
O objetivo do grupo é promover a igualdade de gênero e de raça e o fortalecimento da atuação de mulheres na magistratura, em especial de mulheres negras.
As atividades têm sido feitas de modo virtual, porque muitas integrantes do coletivo são juízas do interior do Estado.
O evento oficial de constituição do coletivo será no início de 2024.