Negras são maioria das costureiras informais e ganham menos de 1.412 reais, diz pesquisa

27 de maio, 2024 Alma Preta Por Giovanne Ramos

Estudo mapeou perfil, necessidades e dificuldades das costureiras autônomas, com destaque para a importância de políticas de apoio e capacitação

As costureiras autônomas, conhecidas por seus serviços de conserto em geral, desempenham um papel fundamental na moda e nas comunidades locais. Em uma iniciativa para mapear suas necessidades, desafios e oportunidades, a Aliança Empreendedora, em parceria com a Coalizão de Moda Justa Sustentável, conduziu uma pesquisa nacional sobre a realidade dessas profissionais.

A pesquisa, realizada em duas fases, combinou questionários quantitativos e qualitativos para coletar dados de 140 participantes de 21 estados brasileiros, com maior concentração na região Sudeste. Na primeira fase, 78% das costureiras se autodeclararam negras, enquanto na fase qualitativa, todas se identificaram como negras. A maioria das participantes tem entre 39 e 48 anos, 41% possuem ensino médio completo, 42% são solteiras e 77% são mães.

Os dados revelam um cenário desafiador: 69% das costureiras se sentem sobrecarregadas, com 43% trabalhando diariamente e 65% atuando sozinhas. Além disso, metade das entrevistadas relatou problemas de saúde relacionados ao trabalho. A informalidade é predominante, com 62% das participantes não formalizadas e 90% trabalhando e morando no mesmo local.

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