A violência também afeta o relacionamento da mulher com os filhos e outros familiares, criando um ambiente de tensão e insegurança dentro do lar.
A violência doméstica é uma realidade que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, através da prática de diversas formas de abuso: físico, emocional, psicológico e patrimonial. Essa situação provoca profundas consequências na saúde psíquica e emocional das vítimas. As mulheres submetidas a esse tipo de violência enfrentam um sofrimento psicológico intenso que pode levar ao desenvolvimento de transtornos graves, como depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Para Letícia Peres, advogada especialista em Direito das Famílias, entender e abordar os efeitos devastadores da violência doméstica na saúde das mulheres é essencial para romper o ciclo de abuso, para promover a recuperação e capacidade de reação das vítimas.
“O ambiente de constante medo e insegurança pode levar a um estado de alerta permanente, dificultando o descanso e o bem-estar emocional. A violência doméstica cria um ciclo de sofrimento que pode ser difícil de romper sem o apoio adequado”, afirma.
A violência também afeta o relacionamento da mulher com os filhos e outros familiares, criando um ambiente de tensão e insegurança dentro do lar.
“As mulheres podem sentir vergonha ou culpa, acreditando que de alguma forma são responsáveis pela violência, o que pode agravar o sofrimento psicológico. Esse sentimento de culpa é muitas vezes reforçado pelo agressor, criando um ciclo de dependência emocional que é difícil de quebrar”, explica Letícia Peres.
Segundo Letícia Peres, é crucial que as mulheres em situações de violência doméstica tenham acesso a abordagens terapêuticas apropriadas, múltiplas modalidades de cuidado, como atendimento psicológico e psiquiátrico, farmácia popular, grupos de apoio e assistência jurídica.
“A intervenção precoce pode ajudar a prevenir o agravamento dos danos à saúde mental, colaborando na a recuperação e na construção de uma nova vida longe do agressor”, diz Letícia. A assessoria jurídica e o suporte emocional andam de mãos dadas para restaurar a dignidade e o bem-estar das vítimas.