(Yahoo Notícias) Quase a metade das militares americanas que serviram nas guerras do Afeganistão e do Iraque afirmam terem sido vítimas de assédio sexual, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento americano de Assuntos de Veteranos (VA, na sigla em inglês). O levantamento também diz que cerca de um quarto dos casos são de reclamações de abuso sexual, o que constitui em contato físico não consentido, incluindo estupro.
Mais de 1.100 mulheres participaram do estudo e 48,6% delas relataram casos de assédio sexual, enquanto 22,8% denunciaram abusos. Uma parcela de 47% afirmou que os infratores eram colegas de trabalho em um nível hierárquico mais alto. O nome de nenhuma das participantes foi divulgado na pesquisa, para preservar a privacidade das militares.
Apesar das denúncias, poucos casos de assédio são registrados: apenas 115 foram reportados ao Pentágono no ano passado, embora houvesse cerca de 20 mil americanas servindo no Afeganistão até fevereiro de 2012, segundo dados do jornal “USA Today”.
Segundo Amy Street, líder da pesquisa do VA, os danos emocionais causados pelos ataques também deveriam ser contabilizados como consequências da guerra e que os traumas do conflito vão além dos combates.
No início do ano, dezenas de militares da base aérea de Lackland, no Texas, denunciaram terem sofrido assédios sexuais de instrutores. Um estudo da agência Associated Press, divulgado na semana passada, também mostrou as reclamações de assédio em academias militares cresceu de 65, em 2011, para 80, em 2012.
Acesse em pdf: Mais de 40% das veteranas dos EUA dizem terem sofrido assédio sexual (Yahoo Notícias – 27/12/2012)