(O Dia) Salário de trabalhadoras em todo o país teve alta de 5% em 12 meses. No Rio, subiu 6,3%.
A carência de trabalhadores domésticos aliada à mudança de pensamento sobre a importância da profissão na sociedade provocou a valorização dessa mão de obra nas principais metrópoles do país. Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo IBGE, revela que a remuneração dos empregados do lar cresceu 5,5% nos últimos 12 meses, no confronto com julho de 2012. No comparativo entre as seis principais capitais brasileiras, Recife foi a que teve maior alta, com 11,9%, seguida por Belo Horizonte (6,8%), Rio (6,3%) e São Paulo (6,2).
Segundo o Dieese, o emprego doméstico ainda é essencialmente feminino no Brasil e abriga uma das maiores categorias de trabalhadores em todo o país. Em 2011, estimava-se que 6,6 milhões de pessoas estavam ocupadas nos serviços domésticos no país. O contingente de mulheres correspondia a 6,1 milhões (92,6%).
A mão de obra total feminina dos serviços domésticos registrou, no período de 2004 a 2011, crescimento de 3,1%, de acordo com os dados da Pnad do IBGE. Na comparação com a pesquisa de 2009, cujos dados constam do Anuário das Mulheres Brasileiras — publicação feita em parceria entre o Dieese e a Secretaria de Política de Mulheres (SPM) em 2011 — percebe-se que no período 2009-2011, diminuiu em 9,06% o número de mulheres empregadas no trabalho doméstico remunerado.
O empregado desse ramo ainda é o que apresenta o menor rendimento médio mensal, quando comparado a todos os grupos de atividade em 2011. O rendimento correspondia, então, a 39% da média recebida pelos ocupados.
DESEMPREGO CAI
O desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 5,6% em julho. Em junho, registrou 6%, segundo o IBGE. É a menor taxa desde fevereiro deste ano, quando o índice marcou 5,6%. O número de brasileiros desocupados ficou estável em 1,4 milhão em comparação a junho. A população ocupada é de 23,1 milhões, conforme o IBGE.
Acesse o PDF: Domésticas mais valorizadas (O Dia, 23/08/2013)