Reportagem publicada pela revista Veja trata da possibilidade de haver várias candidatas ao Planalto.
Para Lúcia Avelar, professora de ciências políticas da Universidade de Brasília, trata-se de “um fato relevante e energizador da política brasileira”.
Na visão do cientista político Carlos Melo, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), o fato de mulheres chegarem à eleição de 2010 com chances de vitória faz parte do processo natural de amadurecimento da democracia brasileira. Melo lembra que a normalidade eleitoral no Brasil tem início em 1994. Desde então foram eleitos um intelectual e um operário. “Agora, temos no cardápio ao menos duas mulheres com chances reais, que vão disputar o cargo em pé de igualdade”, diz Melo.
Concordando com essa análise, a antropóloga Mirian Goldenberg, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, avalia que a presença feminina na sucessão de Lula é uma espécie de imposição da sociedade. “Esperava-se que um homem do proletariado rompesse com a corrupção. Agora, é a vez de retomar na figura feminina essa esperança que não deu certo”, diz a antropóloga.