(O Estado de S. Paulo) “De olho no voto dos jovens, a candidata Marina Silva não quer mais ser tachada de conservadora. Para não perder essa parcela de prováveis eleitores, Marina delegou a seus companheiros de partido a missão de explicar suas posições consideradas retrógradas, por parte de seu próprio eleitorado, quando o assunto é casamento gay, drogas e aborto”, diz reportagem do Estadão.
Evangélica fervorosa, Marina declarou no discurso da convenção do Partido Verde que formalizou sua candidatura à Presidência: “Uma das maiores bênçãos é sermos um país laico, para que possamos respeitar todos que têm crença e todos aqueles que não têm crença. Essa é de fato uma grande conquista”.
A reportagem informa que, “no discurso, Marina evitou temas polêmicos. Coube ao vereador e coordenador de sua pré-campanha, Alfredo Sirkis (PV-RJ), sair em seu socorro perante a militância verde para abordar questões sobre aborto, legalização das drogas e casamento gay. (…) Sirkis fez questão de deixar claro que o programa do PV é favorável ao aborto, que, na convenção, ganhou o nome de ‘interrupção voluntária da gravidez‘”.
“‘Marina Silva é uma pessoa de fé religiosa. Ela tem a posição de sua igreja. Mas no PV quem quer pode objetar e não acompanhar determinados aspectos de nosso programa’, explicou Sirkis. ‘Entendo que uma pessoa religiosa não queira usar a palavra casamento gay. Mas o importante é que ela é a favor de que as pessoas do mesmo sexo tenham os mesmos direitos e deveres em uma relação matrimonial’.”
“Não tem nenhuma mulher que seja favorável ao aborto. Somos a favor da descriminalização. O problema é que outros políticos fazem proselitismo com esse tema”, criticou o ex-deputado Luciano Zica, um dos coordenadores da agenda da candidata.
Leia na íntegra: Candidata seduz jovens, mas dribla temas tabu (O Estado de S. Paulo – 11/06/2010)