(Agência Brasil) “A Lei Maria da Penha completa quatro anos no próximo sábado. Apesar dos recentes casos de agressões contra as mulheres, pesquisadoras e ativistas feministas avaliam como positiva a implementação da lei que criou mecanismos para conter a violência doméstica e familiar contra a mulher.” , diz reportagem da Agência Brasil.
Na avaliação da socióloga Lourdes Maria Bandeira, professora da Universidade de Brasília (UnB) e subsecretária de Planejamento e Gestão Interna da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), a lei se “popularizou” e teve o “efeito prático e simbólico” de dar “visibilidade” à violência de gênero.
Contudo, para a pesquisadora, apesar dos avanços muitas mulheres “não têm autonomia emocional e afetiva” e sofrem com uma divisão de trabalho injusta com o sexo feminino: “Não há gestão da igualdade no espaço doméstico.”
A biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que empresta o nome à lei e também foi vítima de violência doméstica, aponta a ideologia machista ao analisar o comportamento da Justiça. “Os magistrados de hoje são, em grande parte, oriundos daquela cultura machista que existia no passado. A gente tem que colaborar chamando atenção da sociedade, mostrando essas aberrações de pessoas que estão ali para proteger as mulheres e ninguém protege”, diz Maria da Penha.
Acesse essa matéria em pdf: Cultura machista está por trás da violência contra as mulheres, dizem especialistas (Agência Brasil – 03/08/2010)