(Folha de S.Paulo) Os homens levam para o governo o ranço da política infiltrada nos passos de suas carreiras; não deu certo
Ao comentar a discussão sobre um possível aumento da presença de mulheres no governo de Dilma Rousseff, o jornalista Janio de Freitas cita a Espanha como exemplo de sociedade mais avançada no reconhecimento dos atributos das mulheres para o exercício do poder, a partir da nomeação de Carme Chacón como ministra da Defesa do governo de José Luiz Zapatero
Sobre o caso brasileiro, Janio de Freitas lembra de frases costumameiramente usadas, como: “O Brasil não tem muitos quadros femininos habilitados”, “isso pode prejudicar a base do governo no Congresso”, “será muito difícil compor politicamente o governo, com tantos ministérios para mulheres técnicas”.
“A primeira e melhor experiência do novo governo provavelmente estaria nesta renovação dupla: maior número de mulheres e procedentes de áreas técnicas, científicas ou intelectuais. Ou seja, sem a concepção predominante do componente político dos seus cargos. Mesmo que não políticos, mas ocupantes dos cargos superiores na empresa privada ou pública, os homens levam para o governo o ranço da política quase sempre infiltrada nos passos de suas carreiras. Não deu certo.”
Acesse na íntegra: Mulheres, por Janio de Freitas (Folha de S.Paulo – 11/11/2010)
Para outra opinião, leia também: O preconceito (às avessas), por Danuza Leão (Folha de S.Paulo – 14/11/2010)