(Dinheiro Vivo, 03/05/2016) Em 180 moedas diferentes, quantidade de mulheres representadas nas notas em circulação é diminuta, com uma excepção: a rainha de Inglaterra
O website Vox compilou os dados de pelo menos 180 moedas reconhecidas e, em circulação pelo mundo inteiro, para perceber qual é o peso da representação das mulheres, e os resultados não são simpáticos.
Apenas 9% de todas as notas em circulação têm uma mulher representada. Nos restantes 91% aparecem, tendo em conta que, pelo menos 15 países não representam pessoas nas suas notas.
O Tesouro dos EUA anunciou em abril que Harriet Tubman, a escrava que escapou para se tornar abolicionista, será a primeira mulher a ser representada numa nota de dólar americano, mais concretamente na nota de 20. Irá substituir Andrew Jackson, sétimo presidente dos EUA, e sobre o qual pairam agora alegações de que possuía cerca de 300 escravos. Será a primeira mulher a aparecer nas notas de dólar americano.
No outro lado do mundo, o país onde as mulheres estão mais bem representadas é a Austrália: figuram em quatro das cinco notas em circulação no país.
Entre todas as mulheres representadas, as que se destacaram em papéis criativos – escritoras, poetas, cantoras, atrizes e artistas – são bastante valorizadas mas existe uma que leva larga vantagem sobre todas as restantes. A mulher claramente mais bem representada é a Monarca britânica Isabel II.
Em algumas moedas, a rainha chega mesmo a representar a totalidade das notas em circulação.
O facto de Isabel II ser a monarca de países como o Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, acrescendo ainda mais 12 nações independentes e vários territórios dependentes da coroa britânica, não é alheio à grande representação da mais antiga rainha em funções de todo o mundo.
Não obstante esse fator, o seu retrato, e com apenas 8 anos de idade, já figurava na nota de 20 dólares canadianos desde 1935, bem antes de sequer entrar em funções como monarca. Não existe, inclusivamente, nenhum homem que se faça representar de forma tão massiva: pelo que pelo menos neste facto, o sexo feminino leva vantagem naquilo que anda dentro das carteiras de todo o mundo.
Telmo Fonseca
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