(Agência Câmara) A instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa de uma Reforma Política com Participação Popular deverá fortalecer a discussão em torno da democracia direta, constituindo um “mecanismo de aperfeiçoamento das instituições políticas e de defesa, consolidação e radicalização da democracia”.
Fazem parte da frente 182 deputados, 36 senadores e diversas instituições civis, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação Brasileira das ONGs (Abong), Associação dos Magistrados Brasileiros, Associação dos Juízes Federais, União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Os coordenadores do grupo no Congresso serão a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Segundo a Agência Câmara, “em seu manifesto público, a frente se propõe, entre outras medidas, a realizar atividades que aprofundem o debate e elaborem propostas para a reforma política, a articular e integrar ações das entidades da sociedade civil sobre o tema e a servir de ‘ponte’ entre o Congresso Nacional e os movimentos sociais pela reforma política”.
“Vamos estabelecer uma agenda de eventos estaduais para garantir a participação e a pluralidade da sociedade nos debates em torno da reforma política, para evitar que as propostas que tramitam no Congresso sejam aprovadas antes de a sociedade se manifestar”, declarou Erundina.
O representante da Abong (Associação Brasileira das ONGs), José Antonio Moroni, reivindicou a aprovação do financiamento público de campanhas políticas, além da garantia de representação das chamadas “minorias”. “Não pode dinheiro privado financiar atividade pública, porque isso provoca a subrepresentação de mulheres, negros, indígenas, trabalhadores rurais e outros grupos que não têm acesso às fontes de financiamento”, afirmou.
Leia na íntegra: Frente parlamentar quer fortalecer instrumentos de democracia direta (Agência Câmara- 23/03/2011)