(Rádio ONU, 26/07/2016) Segundo dados do Banco Mundial, 92% das crianças da região cursam o primário. Em todo o mundo, 57 milhões estão fora da escola; qualidade ainda é desafio.
O tempo de escolaridade dos latino-americanos e caribenhos mais do que dobrou em meio século, segundo o Banco Mundial. Se em 1960, a população da América Latina e do Caribe tinha em média 4,3 anos de estudo, em 2010, já eram 10 anos.
Outros dados do Banco revelam que a região está no caminho para cumprir a meta número 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: garantir educação para todos os meninos e meninas até 2030.
Qualidade
Hoje, 92% das crianças latino-americanas de seis a 12 anos estão na escola primária, percentual parecido com os 91% registrados nos países em desenvolvimento. Além disso, 93% dos jovens da América Latina e Caribe cursam o ensino secundário. Mas, embora esteja ampliando a cobertura educacional, a região ainda precisa melhorar a qualidade.
Uma das evidências é o resultado da prova de matemática feita em 2012 pelo Programa para Avaliação Internacional de Estudantes, Pisa.
Houve uma diferença de quase 100 pontos entre a média obtida pelos países da Ocde e pelos oito países latino-americanos que participaram. Isso representa, segundo o relatório “Professores Excelentes”, do Banco Mundial, uma diferença de competências equivalente a mais de dois anos de ensino.
Matemática e leitura
Mesmo assim, pode-se dizer que os países da região estão evoluindo. Brasil, Chile e Peru são os três que mais avançaram nos resultados de matemática e leitura do Pisa entre 2000 e 2012.
Os desafios de universalizar a educação e aumentar a qualidade se repetem nas demais regiões em desenvolvimento. Das 57 milhões de crianças fora da escola, mais da metade vive na África Subsaariana. Outro dado preocupante é que cerca de 50% das crianças fora da escola estão em áreas afetadas por conflitos.
Mariana Ceratti com reportagem do Banco Mundial, Brasil.
Acesse no site de origem: América Latina e Caribe rumo à universalização do ensino (Rádio ONU, 26/07/2016)