Mais de 43% dos domicílios estavam conectados em 2015, quase o números de 2010; dados estão no relatório Estado da Banda Larga 2016; Brasil é segundo país da região com maior disseminação de banda larga móvel.
(Rádio ONU, 14/09/2016 – acesse no site de origem)
Quase 54,5% dos habitantes da América Latina e Caribe usaram a internet em 2015, 20% a mais do que em 2010, de acordo com o relatório O Estado da Banda Larga 2016 na região.
Os dados foram divulgados pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Cepal.
Inovação e Tecnologia
A publicação foi apresentada oficialmente durante a segunda reunião da Conferência sobre Ciência, Inovação, Informação e Tecnologias de Comunicação da Cepal, relizada no início desta semana na Costa Rica.
Segundo o documento, a porcentagem de usuários da internet em relação à população total da região cresceu 10,6% ao ano entre 2000 e 2015.
Acesso
O número de domicílios conectados à internet na América Latina e no Caribe cresceu em uma média anual de 14,1% nos últimos cinco anos, chegando a 43,4% em 2015, quase o dobro em comparação a 2010.
De acordo com o relatório, há, no entanto, uma grande diferença entre os índices de acesso dos países da região. Das 24 nações analisadas em 2015, em apenas três o alcance domiciliar da internet chegou a 60%: Chile, Costa Rica e Uruguai.
Outros três tiveram índices entre 45% e 56%, entre eles o Brasil. Três tiveram índices abaixo de 15%: Guatemala, El Salvador e Nicarágua.
Banda Larga
Segundo o relatório, o acesso a conexões banda larga teve grande crescimento no período estudado, particularmente na móvel, que subiu de 7% para 58% da população entre 2010 e 2015.
Em 2010, a porcentagem das pessoas com acesso à banda larga fixa e móvel era praticamento a mesma. Desde este período e até 2015, o número de assinantes do serviço móvel cresceu 802,5%, enquanto o de conexão fixa subiu 68,9%.
O país com a maior disseminação de banda larga móvel em relação à população geral é a Costa Rica, com 92,5%. Em segundo lugar vem o Brasil, com 88,6%.
Custo
Enquanto em 2010 o custo de contratatar um serviço de banda larga fixa de 1Mbps representade cerca de 18% da renda mensal média, no início de 2016 este número tinha caído para 2%.
A acessibilidade também aumentou de forma significativa para usuários de pacotes de dados pré-pagos. O documento destaca que em diversos países, esses pacotes com duração de 30 dias custam menos que 2% da renda.
Desafios
O relatório da Cepal afirma, no entanto, que apesar deste progresso ainda há problemas em termos de qualidade e equidade no acesso à internet, citando diferenças de acordo com localidade geográfica e situação socioeconômica da população.
Nenhum país da região teve pelo menos 5% de suas conexões com velocidades superiores a 15Mbps, enquanto em países desenvolvidos esta porcentagem é de 50%.
Laura Gelbert