Quem se surpreendeu com o resultado das eleições municipais pelo Brasil porque esperava maior número de mulheres eleitas estava otimista demais ou um tanto desatento/a às notícias. Como a Gênero e Número apontou em reportagens recentes, nem mesmo as medidas afirmativas aprovadas e mudanças feitas na legislação para impulsionar a representatividade do gênero feminino na política, como a Lei de Cotas – que estabelece proporção mínima e máxima de candidatura por gênero a cada pleito nos partidos – vêm conseguindo impacto necessário para se avançar com alguma agilidade rumo a um cenário mais equânime.
(Gênero e Número, 28/10/2016)
Na terceira edição da revista, que trata mais uma vez de gênero e política, o foco não está no quanto lento ou difícil é avançar com esses números tão representativos da democracia, mas nos espaços que parecem já terem sido conquistados pelas mulheres e que, quando analisados com lupa e com apuração jornalística rigorosa, são identificados como espaços ainda dominados pelos homens.
Confira o conteúdo da edição:
Partidos recorrem a candidaturas fantasmas para preencher cota de 30% para mulheres
Mulheres não são nem 1/3 dos parlamentos na América Latina; Brasil fica atrás do Haitis
Em 2017, maioria das capitais terá esvaziamento de vereadoras
Entrevista: As mulheres não são eleitas porque não são financiadas
Vídeo: A mídia política tem gênero?
Veja também: Quase 15 mil candidatas a vereadora não tiveram nenhum voto (Jornal Nacional, 27/10/2016)