(Jornal da Tarde) Quando Dilma Rousseff foi eleita a primeira mulher presidente do Brasil, houve quem enxergasse ali uma oportunidade inequívoca para o avanço feminino nas estruturas partidárias e eleitorais do país. Mas, um ano após sua eleição e às vésperas do pleito municipal, pouca coisa mudou. Os partidos sequer conseguem cumprir a cota de 30% de candidaturas femininas aos cargos legislativos, e essa situação só piora quando o assunto são as eleições majoritárias.
A socióloga Fátima Pacheco Jordão lembra que, embora representem 51% da população brasileira, as mulheres ocupam cerca de 10% das posições políticas, que coloca o Brasil muito atrás de países como Argentina e Chile. “Nosso atraso é mesmo nas estruturas partidárias e sindicais – que são machistas. A população parece ter propensão a votar em candidatas”.
Fátima Jordão afirma acreditar que as eleições municipais do próximo ano serão um bom parâmetro para a participação da mulher. “Temas como educação, as creches e programas para gestantes estarão em pauta”.
Já para a coordenadora da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Silvia Camurça, a situação só irá se reverter quando a lei de cotas para mulheres for seguida à risca e houver punição para o seu descumprimento.
Leia a matéria completa: Partidos ainda são ‘clubes do bolinha’ (Jornal da Tarde – 19/11/2011)