Vozes Insurgentes de Mulheres Negras – do século XVIII até a primeira década do século XXI, apresenta textos fundamentais de mulheres negras brasileiras. Lançamento em SP com distribuição gratuita do livro para as pessoas presentes
(Fundação Rosa Luxembrugo – 16/07/2019 – acesse no site de origem)
Valorizar e visibilizar o conhecimento produzido por mulheres negras brasileiras, de forma a compreender diversas perspectivas de nossa sociedade e nossa história. Este é o principal objetivo da publicação Vozes Insurgentes de Mulheres Negras – do século XVIII à primeira década do século XXI, iniciativa da Fundação Rosa Luxemburgo, em parceria com a Editora Mazza. O livro, organizado pela jornalista e pesquisadora Bianca Santana, será lançado em São Paulo em 24 de julho, a véspera do Dia Internacional da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha.
“Retomar estes textos históricos também coloca a possibilidade de compreender características próprias da diáspora africana no Brasil, ampliando um referencial que não se limita às conhecidas autoras norte-americanas. Além disso, dá a oportunidade, a pensadoras e pensadores negros e não-negros, de rever a formação do pensamento brasileiro a partir de mais perspectivas, buscando reparar, ainda que parcialmente, os apagamentos de intelectuais brilhantes”, destaca Bianca.
Apesar do silenciamento histórico imposto primeiro pela escravidão, e posteriormente pelo racismo, o sexismo e a desigualdade de classe, pensadoras negras têm, cada vez mais, rompido esse muro e conquistado espaço. A circulação deste conhecimento tem crescido nos últimos anos, mas ainda há muito desconhecimento das palavras publicadas por essas mulheres antes do tempo atual.
Neste sentido, o livro é uma importante contribuição. Ao reunir em um único volume estas vozes, concretiza a capacidade das mulheres negras em formular pensamentos e críticas. “Ler estas mulheres é uma oportunidade de adensar raízes para que a luta das mulheres e o atual feminismo negro brasileiro se expandam com consistência a permanência”, complementa a organizadora da publicação.
A publicação será distribuída gratuitamente para as pessoas que participarem do evento de lançamento, que integra a programação do Julho das Pretas, promovido pela Marcha de Mulheres Negras de SP.
Participam do debate:
Bianca Santana: escritora, jornalista e pesquisadora. No doutorado em ciência da informação, na Universidade de São Paulo, pesquisa memória e escrita de mulheres negras. Colunista da revista Cult e facilitadora de oficinas de escrita. Está escrevendo a biografia de Sueli Carneiro.
Juliana Gonçalves: jornalista, mestranda pela Universidade de São Paulo, integrante da Marcha de Mulheres Negras de SP e coordenadora política da mandata quilombo da deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL).
Matilde Ribeiro: Doutora em Serviço Social (PUC/SP), Ex-Ministra da Igualdade Racial (2003/2008), Professora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (desde 2014), Integrante do Conselho da Revista Estudos Feministas, e, autora de vários livros e artigos entre eles: Politicas de promoção da igualdade racial no Brasil (1986/2010) Ed, Garamond, 2017.
Nilma Bentes: Fundadoras do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa) na década de 1980, em Belém, e uma das idealizadoras da Marcha das Mulheres Negras, que ocorreu em Brasília (DF), em 2015.
SERVIÇO
Lançamento Vozes Insurgentes de Mulheres Negras – do século XVIII à primeira década do século XXI
Com Bianca Santana, Juliana Gonçalves, Matilde Ribeiro e Nilma Bentes– mediação Christiane Gomes (FRL)
24/07/2019 – das 19h às 21h
Local: Auditório da Fundação Rosa Luxemburgo – Rua Ferreira de Araújo, 36 – Pinheiros (Próximo ao metrô Faria Lima)