Muitos estados americanos têm dificultado o acesso ao aborto em meio à crise do coronavírus.
(Universa, 03/04/2020 – acesse no site de origem)
Desde que a Casa Branca recomendou que cirurgias eletivas fossem adiadas, os governos locais tem seguido a recomendação e concentrado esforços no combate à pandemia da covid-19. Em muitos locais, ativistas estão usando dessa medida para restringir o aborto ao classificá-lo como não essencial.
Em 18 de março, conselhos de obstetrícia e ginecologia fizeram uma declaração pública classificando o aborto como “um componente essencial dos cuidados básicos de saúde”.
“É também um serviço sensível ao tempo para o qual um atraso de várias semanas, dias em alguns casos, pode aumentar os riscos ou tornar isso potencialmente inacessível”, diz o texto.
Ohio
No estado de Ohio, por exemplo, os abortos foram banidos por 20 semanas, o que pode tornar o aborto legal praticamente impossível devido ao tempo limite de gestação.
Segundo o New York Times, o procurador-geral do estado pediu que as clínicas de aborto das cidades de Dayton, Cincinnati e Cleveland parassem imediatamente de realizar abortos.
Ativistas pró-aborto de Ohio se manifestaram publicamente contra a medida e conseguiram na justiça a suspensão dela por 15 dias.
Texas
Já no estado do Texas, o governador Greg Abbott determinou o adiamento das cirurgias eletivas e, na sequência, o procurador-geral do estado incluiu na medida todos os procedimentos abortivos que não fossem clinicamente necessários para preservar a vida da mãe e do bebê.
No Texas também houve quem pedisse na justiça que a medida fosse revertida, mas, depois de idas e vindas, uma ordem judicial restabeleceu a proibição estabelecida pelo governador.
Em outros estados como Mississippi, Louisiana, Maryland, Tennesse, Iowa, Oklahoma, Kentucky e Alabama, as autoridades seguem tentando restringir o acesso ao aborto, segundo a revista Elle.