(Uol | 19/08/2020 | Por Paulo Sampaio)
Para ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente do Estado de São Paulo, a menina de 10 anos que sofreu abuso sexual, engravidou e passou por um aborto legal há cinco dias foi duplamente estuprada. “Além da experiência ‘oficial’ de abuso, constatada cientificamente, ela precisou entrar em um hospital às escondidas, na mala de um carro, para não ser agredida por grupos de manifestantes conservadores que chegaram a chamá-la de assassina. Isso foi um estupro coletivo. Imagine as marcas profundas, não só físicas, mas psicológicas, que a superexposição dessa criatura na mídia pode provocar. Publicaram até o nome dela nas redes sociais. Nem dez anos de terapia recuperam isso.”