(UOL | 24/10/2020 | Por Natália Suzuki, Thiago Casteli e Rodrigo Teruel*, especial para a coluna)
Apenas 5% do total de pessoas resgatadas do trabalho escravo são mulheres, segundo dados do Ministério da Economia. Essa condição de minoria contribuiu para que elas permanecessem invisíveis e, por isso, organizações da sociedade civil e instituições do poder público têm prestado pouca atenção às questões de gênero relacionadas a essa violação de direitos humanos.
O resultado perverso disso é que as especificidades decorrentes da questão de gênero se mantêm há décadas obscurecidas e, até mesmo, desconsideradas pelas políticas dedicadas à erradicação do trabalho escravo no Brasil, reforçando desigualdades.