Mitos sobre uma figura de “parideira” ou crença de que a mulher negra seria “mais resistente” à dor levam as mães pretas e pardas a uma situação de maior vulnerabilidade
(Correio Braziliense | 12/11/2020)
Pesquisadores estão cada vez mais interessados em entender como o fator raça influencia no acesso dos cidadãos à direitos básicos, como a saúde. E já há alguns indícios que comprovam que a cor da pele influencia nos cuidados recebidos pelos pacientes, explica a coordenadora do Observatório da Saúde da População Negra (PopNegra), vinculado ao Núcleo de Estudos de Saúde Pública da Universidade de Brasília (UnB), Marjorie Chaves.
“A gente tem um problema grave no Brasil, por exemplo, que é a violência obstétrica e a morte materna. Essas violências atingem especificamente mulheres negras, em sua maioria. Isso significa, então, que, em algum momento, na gestação, no parto, essas mulheres são negligenciadas nesses serviços. Recebendo menos anestesia, menos atenção médica no momento do parto”, detalhou em entrevista ao programa CB.Saúde — parceria do Correio com a TV Brasília.