Mapeamento do debate jornalístico aponta abordagem favorável ao direito
(SPW | 18/01/2020 | Por Clara Faulhaber, Fábio Grotz e Sonia Corrêa)
O final do ano de 2020, mais especificamente o mês de dezembro, foi marcado por uma histórica conquista para o feminismo latino-americano com a aprovação da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) na Argentina, que legaliza o aborto até a 14ª semana de gestação. Isso significa que o Estado vizinho passa a reconhecer a maternidade como um direito e não como uma obrigação, além da nova legislação representar uma medida concreta para enfrentar a morte de mulheres por abortos clandestinos e inseguros, assim como para reduzir as internações que colocam em risco a vida da gestante. Porém, muitos desafios ainda estão postos no horizonte, tais como a regulamentação e a implementação da lei.
Nesse contexto, o clipping de notícias feito sistematicamente pelo projeto conjunto entre Cfemea e SPW sobre direitos ao aborto no Brasil realizou um levantamento extenso – notícias, notas, artigos de opinião, reportagens e podcasts – publicados ou divulgados em veículos impressos e digitais no período de 1º de dezembro de 2020 até 3 de janeiro de 2021, sobre o debate e a aprovação do direito ao aborto na Argentina. No total, foram 334 registros, de 99 veículos diferentes, classificados como favoráveis (‘registros’ com claro posicionamento editorial favorável ao aborto), contrários (‘registros’ com evidente posicionamento editorial contrário ao aborto), neutros (‘registros’ com claro posicionamento editorial neutro com relação ao aborto) e internacionais (‘registros’ extraídos de veículos internacionais captados pelo Google Search ou por busca ativa). Veja aqui a lista completa de veículos que publicaram sobre o tema.