No dia 14 de março serão completados 1096 dias do brutal assassinato vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. 1096 dias ecoando a pergunta: quem mandou matar Marielle e por quê? Para marcar a data e cobrar uma resposta das autoridades, o Instituto Marielle Franco convida organizações e indivíduos a promoverem ações no Brasil e no mundo durante todo o mês de março, em uma agenda colaborativa, construída coletivamente. A ação faz parte do “Março por Marielle e Anderson”, que conta com diversas atividades em defesa do legado da vereadora e pela punição dos responsáveis pelo crime
O Instituto Marielle Franco, criado pela família da vereadora, abriu um chamado para ONG’s, coletivos, associações, sindicatos e indivíduos que queiram participar da Agenda Colaborativa de Ações. A atividade faz parte da programação do #MarçoPorMarielleEAnderson – movimento criado pelo Instituto para lembrar o crime ocorrido em 14 de março de 2018.
O objetivo é formar uma ampla rede de ações, realizadas no Brasil e no mundo, em memória de Marielle e Anderson e pela punição dos responsáveis pelo crime, que completa 3 anos de impunidade. Para participar da Agenda Colaborativa de Ações, a organização ou indivíduo deve cadastrar sua atividade no link: institutomariellefranco.org/3-anos.
A Agenda acolhe tanto atividades nas redes sociais e mundo virtual (lives, posts, vídeos, fotos, animações, músicas, poemas etc), quanto em ambientes físicos (faixas, grafites pinturas de rua, placas na janela, discursos em parlamentos etc). A ideia é que cada organização ou indivíduo use sua criatividade e faça sua homenagem, colaborando para ampliar as vozes que perguntam: quem mandou matar Marielle e Anderson e por quê?
Uma das orientações do Instituto é que as ações por justiça para Marielle e Anderson sejam feitas sem aglomerações, com segurança e todos os cuidados necessários diante da pandemia que se mantém de forma preocupante.
Por Justiça: cobrança de respostas das autoridades
Além da mobilização em torno da Agenda Colaborativa de Ações, o #MarçoPorMarielleEAnderson terá outras atividades preparadas pelo Instituto para visibilizar o legado e memória de Marielle e pedir por justiça, como a compilação de 3 anos de investigação do caso – que segue sem a identificação do mandante, incidência sobre as autoridades competentes, intervenções pela cidade e o protocolo de projetos de lei relacionados à atuação de Marielle e ao tema da violência política. As informações completas sobre as ações serão divulgadas ao longo do mês.
“Há três anos que o mês de março é um marco muito forte para nós, da família, mas também para todas aquelas e aqueles que continuam na luta por justiça e para que mais nenhuma mulher negra, LGBTQIA+ e periférica seja interrompida”, pontua Anielle Franco, irmã de Marielle e diretora executiva do Instituto Marielle Franco.
“São três anos sem respostas para um dos maiores casos de violência política no Brasil, na América Latina e no mundo. Seguiremos cobrando estas respostas do Ministério Público, do governo de Estado e do governo federal: queremos transparência nas investigações e prioridade sobre a elucidação deste caso tão importante para a democracia brasileira. E seguiremos, por muitos anos, inspiradas pela luta de Marielle, fazendo ecoar sua trajetória e regando as suas sementes para as novas gerações”, finaliza.