(Estadão | 25/03/2021 | Por Luiz Alexandre Souza Ventura)
A violência contra a mulher com deficiência cresceu nas cidades paulistas, segundo informações da Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência, organizada pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo (SEDPcD), mas as medidas de prevenção durante a pandemia de covid-19, com regras de isolamento e distanciamento social, estão dificultando os registros dos casos.
De acordo com SEDPcD, na comparação de 2019 com 2020, houve crescimento de 67,9% nas denúncias de lesão
corporal e de 34,2% nas notificações de ameaça, mas o número de boletins de ocorrência lavrados caiu 33,4%, de 12.494 para 8.352. A violência doméstica e o estelionato são os principais relatos.
De acordo com a Base de Dados, SP tem 1.710.601 mulheres com deficiência, o que equivale a 56,86% do número
total de pessoas com deficiência no estado.
Uma forma de ajudar as mulheres com deficiência é acompanhar o TODAS in-Rede, que capacita profissionais
da Rede de Proteção e das Delegacias de Defesa da Mulher, para atendimento qualificado às vítimas.
Outra forma é acionar a DPPD (Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência), que fica na Rua Brigadeiro
Tobias, n° 527, no centro histórico da capital paulista. Uma das medidas para ampliar o acesso à delegacia foi a
implementação de atendimento à distância.