(UOL / Universa | 16/09/2021 | Por Camila Brandalise)
Campanha contra uso de anticoncepcional, projeto de lei para impedir que vítimas de estupro abortem, advertência — e até ordem de prisão — por causa de roupa de banho. Os exemplos de situações em que se tenta controlar o corpo e as decisões da mulher são inúmeros, e vários deles apareceram nos noticiários recentemente. Lembram a história do livro e da série “The Handmaid’s Tale”, ou “O Conto da Aia”, que narra uma realidade de mulheres totalmente oprimidas e vivendo apenas para procriação.
Aqui, listamos cinco entre os vários casos em que os direitos e a liberdade femininas foram, ou ainda estão sendo, colocadas em xeque.
Lei de Fortaleza cria campanha contra anticoncepcionais
O prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT), sancionou na quinta-feira (9) uma lei para que se criem “campanhas publicitárias e informativas” contra o aborto e o uso de anticoncepcionais. Nogueira foi duramente criticado nas redes sociais e, diante da repercussão negativa, disse que não pretende, pela prefeitura, criar essas campanhas.
Nogueira, que é ginecologista e evangélico, reforçou durante uma transmissão por redes sociais que não há “nenhuma previsão de realizar campanha dessa natureza”.
O aborto no Brasil é pode ser feito de maneira legal em três casos: após estupro, quando há risco de morte da mãe ou se o bebê for anencéfalo. Os contraceptivos, por sua vez, estão à venda no Brasil há 60 anos e são amplamente utilizados pelas brasileiras.