Judiciário se mobiliza por equidade racial, mira mulheres negras e estuda cotas

Foto: Freepik

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25 de julho, 2023 Folha de S.Paulo Por Géssica Brandino

Fórum no CNJ recebe sugestões para política que visa superar desigualdade histórica na área

Iniciativas na Justiça brasileira têm trabalhado para superar dificuldades que impedem a inclusão e promoção de profissionais negros no direito e impactam especialmente as mulheres. Nas cortes superiores, a presença de ministros negros é rara e, de mulheres negras, inexistente.

Nesta terça-feira, 25 de julho, é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, data criada há 31 anos para dar visibilidade ao enfrentamento ao racismo e sexismo.

Segundo Karen Luise de Souza, juíza auxiliar da presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e supervisora do programa de Equidade Racial, estuda-se a adoção de cotas para promoção no Judiciário. O intuito seria garantir que mulheres e negros atinjam a cúpula na mesma proporção que homens brancos.

Para ela, uma das barreiras para que isso aconteça é o imaginário de que apenas o homem branco seria um julgador imparcial.

“A gente tem que romper com a lógica de que Justiça significa homem branco. Nas primeiras comarcas onde trabalhei eu causava imenso estranhamento porque ninguém conseguia conceber que eu, uma mulher negra, era a Justiça encarnada.”

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