Fórum no CNJ recebe sugestões para política que visa superar desigualdade histórica na área
Iniciativas na Justiça brasileira têm trabalhado para superar dificuldades que impedem a inclusão e promoção de profissionais negros no direito e impactam especialmente as mulheres. Nas cortes superiores, a presença de ministros negros é rara e, de mulheres negras, inexistente.
Nesta terça-feira, 25 de julho, é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, data criada há 31 anos para dar visibilidade ao enfrentamento ao racismo e sexismo.
Segundo Karen Luise de Souza, juíza auxiliar da presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e supervisora do programa de Equidade Racial, estuda-se a adoção de cotas para promoção no Judiciário. O intuito seria garantir que mulheres e negros atinjam a cúpula na mesma proporção que homens brancos.
Para ela, uma das barreiras para que isso aconteça é o imaginário de que apenas o homem branco seria um julgador imparcial.
“A gente tem que romper com a lógica de que Justiça significa homem branco. Nas primeiras comarcas onde trabalhei eu causava imenso estranhamento porque ninguém conseguia conceber que eu, uma mulher negra, era a Justiça encarnada.”
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