Segundo Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, menor acesso ao crédito e à tecnologia dificulta sobrevivência de negócios femininos; pesquisa aponta que 39% encerraram atividades na pandemia
25 de julho, 2020
(Estadão | 25/07/2020 | Por Marina Dayrell)
Há dez anos à frente da Rede Mulher Empreendedora (RME), instituição de apoio ao empreendedorismo feminino, Ana Fontes conhece de perto as dificuldades que as mulheres encontram para abrir e manter um negócio no Brasil. Mas, nos últimos meses, os impactos econômicos por conta da pandemia do novo coronavírus, a ainda maior dificuldade no acesso ao crédito, o aumento das tarefas com a casa e com os filhos e, em muitos casos, o crescimento da violência doméstica ergueram barreiras ainda mais desafiadoras para elas. Uma pesquisa realizada pela RME e o Instituto Locomotiva com 1.165 empreendedoras durante a pandemia apontou que a crise significou a interrupção das atividades para 39% dos negócios comandados por mulheres. Outras 47% seguem em funcionamento, mas já sofreram os impactos negativos dos últimos meses. O problema fica mais grave já que para 21% delas toda a renda familiar vem do negócio.
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